sábado, 14 de novembro de 2009

Relatório - Oficina 3 - TP2

Na quinta-feira, dia 05 de novembro, nos reunimos na escola para a realização da Oficina 3 do programa Gestar II. Iniciamos com a leitura de um texto de Rubem Alves: As tarefas da educação, o qual nos possibilitou uma importante reflexão sobre a nossa prática pedagógica. “Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma pode ser usado? Em que aumenta a competência dos meus alunos para cada um viver a sua vida?”. Ressaltei a importância de reavaliar e redirecionar, quando necessário, nosso conhecimento e nossa prática, para melhor atingirmos nossos objetivos no trabalho com nossos alunos.

Na seqüência, lemos e discutimos um artigo publicado em uma Revista de Pós-Graduação (UNIFIEO): “Gramática. O que é? Como ensinar gramática da língua materna?”, de Ângela Fogaça Lucas Ambrósio e Vanda Baruffaldi. Em seguida, fizemos um paralelo com o tema da unidade 5 – Gramática: seus vários sentidos (TP2) e concluímos que não se pode usar uma língua sem usar a sua gramática. Esse ensino de gramática, contudo, não deve permanecer na base da regra pela regra, explicada e exercitada com palavras e frases soltas. Não adianta também utilizar textos apenas como pretextos, ou seja, apenas retirando-se deles palavras ou frases e continuando-se com um ensino meramente normativo e classificatório. É preciso atentar para que esse ensino mais sistematizado da gramática seja visto em uso e para o uso, constatando-se sua funcionalidade e procurando-se inseri-lo em situações reais, ou que se aproximem o máximo possível dessa realidade.

Na socialização das experiências, foram comentadas as aplicações do Avançando na prática da página 56 (TP2), em que os alunos fizeram uma produção de texto a partir de uma imagem, usando frases nominais nos trechos em que se mostraram adequados. A atividade foi desenvolvida pelo 7º e pelo 9º ano com imagens distintas, porém seguindo os mesmos passos em ambas as aplicações. As professoras seguiram o planejamento da Aula 5, AAA2, e observaram maior interação entre os alunos, assim como maior interesse por parte da classe na resolução das tarefas propostas, pois estas foram realizadas em grupo. O trabalho em grupo é uma das modalidades mais ricas para desenvolver as atividades, pois permite aos componentes do grupo exercitar múltiplas competências e habilidades, que representam ganhos incalculáveis não só para os participantes, mas também para o ensino em geral.

Na terceira parte da oficina, lemos o trecho inicial da peça “A menina e o vento”, de Maria Clara Machado. Em seguida, orientei as professoras na elaboração de uma proposta de atividade de leitura, produção de texto e análise linguística, relacionada ao texto lido. Fizemos a leitura dramatizada do trecho “Maria e Pedro na cova do vento” e, posteriormente, refletimos sobre a educação que as tias ofereciam às crianças. Uma educação que consideramos rígida e ultrapassada e que esperamos não fazer parte de nossa realidade atual. Diante da oportunidade, pedi às professoras que fizessem o texto solicitado na atividade 14, TP2, para compor portifólio.

A avaliação da oficina foi muito positiva, pois através dos relatos emocionantes das professoras, compreendi o quanto o Gestar tem auxiliado no aperfeiçoamento da prática pedagógica de cada uma, permitindo-lhes mais confiança e autonomia em seus trabalhos com os alunos. Segundo elas, outro aspecto fundamental que o Gestar tem proporcionado é a elevação do nível das produções dos alunos, observado inclusive pelos professores de outras disciplinas. É gratificante saber que temos colaborado para a melhoria do ensino/aprendizagem de nossa escola e que houve, efetivamente, uma mudança na prática dos envolvidos.


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