domingo, 14 de junho de 2009

Relatório – Oficina 7 – TP4

A Oficina 7 aconteceu no dia 04 de junho, quinta-feira, no mesmo local onde as oficinas anteriores vêm sendo realizadas – na escola em que trabalhamos. Os professores, em casa, leram e responderam as atividades correspondentes às unidades 13 e 14. Segundo disseram, não encontraram dificuldades na compreensão dos conteúdos nem no desenvolvimento das atividades. Ainda assim, seguindo as orientações dadas para esta oficina, fizemos uma breve retomada dos conteúdos estudados. Em seguida, passei dois slides - “Letramento” (Magda Soares) e “Ensino da escrita” (Cátia Martins) - que abordavam as teorias em estudo e acrescentavam informações importantes e necessárias ao bom entendimento dos temas.

Na aplicação do Avançando na prática, as experiências foram muito positivas, conforme relato dos professores. As atividades escolhidas foram a produção de um texto informativo tendo como tema uma festa local (p.41 – TP4), realizada pelo 9º ano, e a confecção de um convite de festa seguido de uma reportagem sobre a mesma (p.51 – TP4), realizada pelo 6º ano. No desenvolvimento das tarefas, embora diferentes, os professores exploraram diversos materiais da cultura local através de fotografias, reportagens, pesquisas na Internet e relatos de histórias. Os textos foram construídos com muito entusiasmo e dedicação, principalmente porque houve aproveitamento dos conhecimentos prévios dos alunos e do conhecimento que têm de sua cultura local, permitindo o desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem significativo.

No planejamento da interpretação do poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade, houve muita leitura, pesquisa e reflexão. Adotamos, segundo a classificação de Foucambert, uma leitura de fruição, buscando detalhes, desfrutando dos aspectos de construção do poema em estudo. Foram momentos bastante enriquecedores, nos quais procuramos propor estratégias que pudessem ajudar nossos alunos a mergulharem no texto, fazendo interpretações e reinterpretações, até chegarem à compreensão global do mesmo.

Os objetivos propostos nas unidades estudadas, bem como os objetivos desta oficina, foram alcançados com muita determinação e através de estudo e reflexão por parte dos professores, que embora considerem o intervalo entre as oficinas muito pequeno, têm se esforçado ao máximo para cumprir todas as tarefas com eficiência e profissionalismo. Os materiais do curso vêm sendo utilizados com frequência nas aulas, comprovando a aprovação e aproveitamento das teorias em estudo nos TPs.

Ao final da oficina, como de hábito, fizemos uma rápida antecipação das próximas unidades e algumas previsões sobre os resultados que supostamente alcançaremos ao final do curso e dos trabalhos realizados. As perspectivas são animadoras!

Avançando na Prática
Convite para festa e produção de texto



sábado, 13 de junho de 2009

Elaboração do Projeto

O professor cursista deve desenvolver um projeto a ser implementado em sala de aula para a finalização do programa Gestar II. Para tanto, desde o início do curso, venho coordenando a elaboração desse trabalho em reuniões quinzenais destinadas a esse fim. Num primeiro momento, os professores analisaram alguns projetos já desenvolvidos na escola, conheceram a estrutura, implantação e resultados obtidos através destes. Partimos então para a discussão de temas e idéias, onde os professores buscavam conciliar uma necessidade da escola à exigência do curso.

Após alguns encontros, pesquisas e reflexões, chegamos a conclusão de que um ponto importante a ser trabalhado é a produção escrita de nossos alunos. Conforme já relatado na Oficina 5, percebemos que, de maneira geral, falar é mais fácil que escrever, talvez porque exija menos conhecimento de regras e concordâncias. Nossos alunos vêm apresentando muitos erros em suas produções escritas, o que tem comprometido o entendimento das mesmas. Sendo assim, decidimos trabalhar na elaboração de um projeto que busca reverter essa situação-problema de forma eficiente e prazerosa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Avançando na Prática

Aplicação de atividades do "Avançando na Prática"

Professora Marisa e a turma do 8º ano.

Professora Roseli e a turma do 7º ano.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Proposta de atividades – Oficina 6 – TP3

Na Oficina foi analisado o texto "Composição: O salário mínimo", de Jô Soares, e foi elaborada a seguinte Proposta de Atividade:
1) Por que o texto poderia ser considerado um exercício de redação escolar?
Porque apresenta diversas características de tarefa escolar, tais como:
  • marcas de infantilidade. Ex: “eu não sei bem o que é cesta básica”, “a minha mesada é muito pequena”, “com o que a minha mãe me dá quase não dá pra comprar figurinha”;
  • ritmo característico de redação escolar. Ex: “se eu fosse presidente da República mudava o salário mínimo para um salário bem grande e chamava ele de salário máximo”;
  • marcas de oralidade. Ex: “chamava ele”, “se eu fosse...mudava”
  • expectativa do aluno em conseguir um bom aproveitamento na tarefa. Ex: “Espero que a professora me dê uma boa nota”.

2) Por que o texto não pode ser considerado um exercício escolar?
Porque o seu objetivo real é ironizar o poder de compra do salário mínimo.
Dentre as marcas que o caracterizam como um texto não-escolar, podem ser apontadas:

  • saber adulto. Ex: “quem ganha salário mínimo não tem dinheiro para comprar revólver”;
  • saber que o aumento do salário mínimo está, de certa forma, atrelado ao pagamento de benefícios como a aposentadoria. Ex: “o salário mínimo não aumentou mais por causa dele”;
  • saber que a cesta básica serve de cálculo para o valor do salário mínimo e ironizar. Ex: “é só diminuir bastante o tamanho da cesta que aí cabe tudo”;
  • saber da Constituição e dos direitos previstos em lei, aviltados pelo salário mínimo. Ex: “com o salário mínimo a pessoa tem que comer, morar numa casa, andar de condução, se vestir...”;
  • saber sobre o desemprego e ironizar a figura do tio que ‘acredita’ no livro chamado Constituição. Ex: “coitado do meu tio. A falta de emprego está deixando ele doidinho”.

3) Nesse texto, o autor veste a máscara de um aluno, ou seja, escreve como se fosse outra pessoa. Escondido num narrador infantil, ele se coloca como uma criança que não compreende ainda os absurdos que envolvem a distribuição de renda no país, ironizando a situação.
O gênero redação escolar serve de pretexto para o real objetivo do autor, que é ironizar o poder de compra do salário mínimo. Esse objetivo caracteriza o texto como crônica e pode ser identificado nos argumentos e no suporte utilizado para a divulgação do mesmo – revista Veja. Logo, como já estudamos, a função e o suporte são determinantes para a identificação de um gênero.

4) Em relação às sequências tipológicas, embora tenhamos identificado trechos descritivos e narrativos , verificamos tratar-se de um texto predominantemente argumentativo, pois usa conectivos de conseqüência e faz apelos a raciocínios lógico-semânticos. Objetiva despertar a reflexão crítica das pessoas a cerca de um problema de ordem social e político: o salário mínimo não é suficiente para atender às necessidades básicas do trabalhador.

Relatório - Oficina 6 – TP3

A Oficina 6 foi realizada no dia 21 de maio. Ao apresentarem as atividades, os professores relataram algumas dificuldades em reconhecer todas as sequências tipológicas presentes em um texto. Com o objetivo de melhorar essa compreensão, fizemos juntos algumas análises, ao mesmo tempo em que retomávamos os conteúdos estudados.

As atividades escolhidas para o Avançando na prática foram a descrição de um objeto de grande valor pessoal (p.109 – TP3) realizada pelo 7º ano, e uma redação composta por sequências tipológicas narrativas e descritivas (p.124 – TP3) realizada pelo 8º ano. Na realização dessas atividades, foi observado que os alunos compreendem a proposta, se envolvem na execução da mesma, mas ao escreverem, suas composições não atingem o nível esperado, principalmente em relação à ortografia, pontuação e uso adequado da norma culta. Somente através da reescrita consegue-se adequar as produções. Nesse processo, há um crescimento considerável, pois os alunos observam seus erros e, aos poucos, vão assimilando as regras necessárias para uma boa produção.

Os trabalhos com a análise do texto “Composição: O salário mínimo”, de Jô Soares, transcorreram de forma satisfatória. Verificamos tratar-se de uma crônica, na qual o autor critica o salário mínimo simulando a escrita de uma redação escolar. Ao ler a crônica temos a sensação de estar ouvindo a voz de uma criança contando suas experiências pessoais, pois a linguagem usada no texto traz as marcas da oralidade e é bem própria do universo infantil. Ao fazer uma análise de composição tipológica, os professores identificaram sequências descritivas, narrativas e argumentativas no texto, sendo essas últimas reconhecidas como predominantes. Fizemos ainda, algumas considerações importantes a respeito do texto, tais como: sua estrutura, linguagem, condições sócio-comunicativas de sua produção, finalidade, etc.

Considerando os objetivos da oficina, bem como os objetivos das unidades que lhe servem de tema, classifico como satisfatório o rendimento apresentado. Por se tratarem de temas um pouco complexos, exigem do professor/leitor um estudo mais aprofundado e uma leitura mais extensa, levando-o assim a assimilar completamente a teoria.

Ao final da oficina, foi feita uma introdução sobre o próximo tema a ser trabalhado: Letramento. Formulei algumas perguntas investigativas que tinham como objetivo saber o grau de compreensão dos professores a respeito do tema proposto. As respostas mostraram que eles estavam preparados para os conteúdos que viriam e que esse seria um tema bastante interessante e envolvente!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Proposta de atividades - Oficina 5 – TP3

Para trabalhar na oficina, os professores optaram pela análise e interpretação do “Poema tirado de uma notícia de jornal”, de Manoel Bandeira, elaborando a seguinte Proposta de Atividade:

Compreensão e interpretação
1) Qual é o tema do texto?
2) Por que o texto é facilmente caracterizado como poema?
3) O poema narra um suicídio. Especifique então:
a. a identidade da vítima:
b. o local do suicídio:
c. a hora do suicídio:

4) Que visão sobre a vida de João Gostoso o texto revela?
5) Transcreva do poema os versos que comprovam que João Gostoso estava feliz.
6) O autor usou os primeiros verbos no pretérito imperfeito do indicativo, e os verbos seguintes no pretérito perfeito do indicativo. Por que você acha que houve essa mudança nos tempos verbais?
7) Observe o último verso do poema. Que efeito ele causa no leitor?
8) Depois de ler o poema, reescreva-o no estilo do noticiário policial dos jornais.
9) Compare sua resposta da questão anterior com o texto original: o que foi mantido igual? O que ficou diferente?
10) O estilo de Manoel Bandeira é simples, ou seja, transmite a impressão de que é fácil escrever do jeito como ele escreve. O poema lido confirma essa impressão? Comente.
11) Vamos comparar o poema de Manoel Bandeira ao texto “O grande desastre aéreo de ontem”, de Jorge de Lima.
a) Como o tema aproxima os dois textos?
b) Os gêneros textuais são os mesmos nos textos comparados? Por quê?

Produção de texto
Produzir um poema a partir de uma notícia de jornal, tomando o cuidado de encadear as unidades narrativas de forma a prender a atenção do leitor.