quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Relatório - Oficina 1 – TP1

A Oficina 1 foi realizada no dia 08 de outubro, quinta-feira, em uma das salas da E.M.Zara de Paula. O encontro teve início com a apresentação de alguns slides sobre Variações lingüísticas, o que nos possibilitou uma reflexão mais concreta sobre os temas das unidades em estudo. Concluímos que o bom falante não é aquele que domina e pratica apenas a variedade padrão da língua portuguesa; é aquele que domina o maior número possível de variedades, e sabe empregá-las eficazmente em todas as situações de interação verbal; é aquele que adapta sua fala à audiência. Nessa perspectiva, o papel da escola é fazer com que o aluno tenha contato com o maior número possível de variedades e que possa experimentá-las nas mais diferentes situações de fala. O aluno deve ser, pois, um poliglota em sua própria língua. É importante ensinar a norma culta da língua, para que os falantes conheçam e entendam como manuseá-la nas circunstâncias em que se fizer adequada, sobretudo em situações formais (o que não significa que o ensino deva ser centrado em um foco estritamente formal e rigoroso por si só). Por outro lado, é também fundamental instruir os alunos sobre a variação lingüística a que nós falantes estamos sujeitos, até por vivermos em um mundo cada vez mais dinâmico e diverso. Essa é uma forma de educarmos os nossos alunos para que eles reconheçam e aceitem as diferenças, sem julgá-las por critérios de qualquer valor, como forma de dominar a língua no seu aspecto mais amplo.

Na socialização das experiências, foram relatadas as aplicações dos Avançando na prática das páginas 17 e 30, leitura dramatizada da crônica Retrato de velho, e leitura do texto Conta de novo a história da noite em que eu nasci. Essas atividades, além de aguçar a criatividade, o interesse e o espírito crítico dos alunos, pode trazer bons resultados com relação à leitura, à expressão oral, à integração da classe e apreensão dos conteúdos veiculados nos textos. Na aplicação da primeira atividade, realizada pelo 9º ano, a professora propôs que os alunos comentassem sua percepção das diferenças culturais e relatassem fatos vivenciados com pessoas idosas ou cenas vistas na TV que mostrassem povos com diferentes modos de viver. Após o estudo do texto, os alunos receberam as orientações para a dramatização da leitura (seguindo passos sugeridos no TP1, p.17) e, segundo a professora, tiveram um ótimo desempenho na atuação. A segunda atividade, realizada no 6º e no 7º ano, os alunos foram orientados a perceber que não há registro melhor ou pior que outro, mas sim adequado ou inadequado à situação em que ocorre a comunicação. Isso significa que as experiências lingüísticas de cada um podem encurtar ou alargar a distância entre os seus registros. A professora concluiu a atividade dando algumas dicas de como ler bem em público.

Na terceira parte da oficina, foram desenvolvidos os trabalhos com a crônica Carta a uma senhora, de Carlos Drummond de Andrade. Nesse texto podemos observar a mistura de gêneros, dialetos e registros, assim como as diferentes vozes (discursos) que aparecem no interior da voz da garotinha e mostram um aspecto fundamental da linguagem que é seu caráter dialógico. As atividades foram realizadas seguindo o roteiro sugerido na TP, na qual os professores se apoiaram para resolver as questões propostas.


Na parte final da oficina, conversamos sobre o uso desse texto em sala de aula, ressaltando a importância da diversificação de textos para desenvolver a competência do aluno no uso da língua. Ao inserirmos a diversidade de gêneros nas práticas didáticas, colocamos o aluno em contato com gêneros textuais que são produzidos fora da escola, em diferentes áreas de conhecimento, para que ele reconheça as particularidades do maior número possível deles, e possa preparar-se para usá-los de modo competente quando estiver em espaços sociais não escolares. Além disso, ao explorar a diversidade textual, o professor aproxima o aluno das situações originais de produção dos textos não escolares, como situações de produção de textos jornalísticos, científicos, literários, médicos, jurídicos, etc. Essa aproximação proporciona condições para que o aluno compreenda como nascem os diferentes gêneros textuais, apropriando-se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que facilita o domínio que deverá ter sobre eles.



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Avançando na Prática

Depoimentos das alunas Isabela, Tairine e Danielly
sobre suas experiências como leitoras


Apresentação de trabalhos sobre gírias

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relatório - Oficina 12 – TP6

O encontro para a realização da Oficina 12 ocorreu no dia 01 de outubro, quinta-feira, na biblioteca da escola. Iniciamos a reunião, retomando alguns pontos das unidades em estudo. Em relação à unidade 23 - Processo de produção textual: revisão e edição - discutimos a dificuldade enfrentada pelo professor de Língua Portuguesa para tornar o aluno capaz de revisar seus próprios textos e promovemos uma reflexão sobre a importância do planejamento, da textualização e da revisão e reescrita do texto para uma atividade de produção textual significativa. Nesse sentido, os educandos devem ser estimulados a serem observadores do que escrevem, e o professor deve auxiliá-los, respeitando as estratégias individuais de (re)escritura de cada um para que possam perceber e resolver os problemas presentes nos textos. Em relação à unidade 24 – Literatura para adolescentes – destacamos a necessidade de se desenvolver mecanismos que motivem o jovem no contato com a literatura. A leitura, na nossa sociedade, é uma forma de dar voz ao cidadão e é preciso prepará-lo para tornar-se um sujeito no ato de ler. O livro deve levar a uma leitura e interpretação da vida que ajude o indivíduo na transformação do mundo. Na sequência, fizemos a leitura do texto de referência “Auxiliando os estudantes a editar” e discutimos as práticas sugeridas pela autora.


No momento dedicado ao relato das experiências, foram apresentados os resultados de aplicação dos Avançando na prática das páginas 141 e 190 - trabalho com gírias e relação de cada um com a leitura, respectivamente. As atividades foram desenvolvidas seguindo o roteiro sugerido no livro e, segundo as professoras, os objetivos foram alcançados, tendo em vista a participação e o interesse das turmas, assim como o resultado positivo dos trabalhos apresentados. Amostras das produções dos alunos seguem anexas a este relatório.


Durante apresentação das obras que as professoras prepararam para a oficina, houve muito entusiasmo e crescimento profissional; foi possível ver a teoria aliada à prática. Seguindo indicações da TP, a apresentação foi variada: ora falava-se das personagens, ora do assunto, ora do título, etc. Alguns dos livros indicados não eram conhecidos por todos, o que gerou bastante curiosidade no grupo. Não há como negar a obrigação da escola em formar alunos leitores. Mas, para que isso ocorra, é fundamental que o professor de Língua Portuguesa tenha uma boa fundamentação teórica que lhe permita oferecer um diversificado repertório de leituras ao aluno. A prática da leitura literária deve levar o aluno a pensar e interagir com o texto, exercendo sua criticidade, uma vez que a formação de leitores implica na formação de pessoas que pensam. É importante destacar que para favorecer a leitura prazerosa é fundamental que o professor tenha a preocupação e o cuidado da seleção, organização e no tratamento dos textos.


Na parte final da oficina, foi feita a introdução das próximas unidades a serem estudadas pelos professores e dadas algumas orientações relativas ao desenvolvimento do projeto na escola.


sábado, 3 de outubro de 2009

Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa

As Avaliações Diagnósticas de Língua Portuguesa foram realizadas no dia 18 de setembro, sexta-feira. Os professores que tinham aula nesse dia se dispuseram a ajudar na aplicação, os alunos compareceram em sua totalidade, a Secretaria de Educação do município disponibilizou todo o material necessário, enfim, tudo transcorreu normalmente.

Na quinta-feira seguinte, dia 24 de setembro, fizemos a 2ª Oficina Livre do programa Gestar II, com o objetivo de analisar as habilidades e competências desenvolvidas em Língua Portuguesa. Os resultados dessas avaliações são o primeiro passo na implementação de intervenções pedagógicas para a melhoria do desempenho dos alunos.

Os gráficos apontam que o número de alunos que acertaram mais de 50% das questões é superior aos que ficaram abaixo dos 50%. No entanto, constatamos que muitos de nossos alunos ainda não desenvolveram importantes habilidades em relação ao seu período de escolaridade. Identificamos quais habilidades já foram consolidadas, quais estão em desenvolvimento e, principalmente, quais ainda não foram consolidadas. Anotamos os problemas de maior incidência e, com base nesses dados, redefinimos os objetivos, conciliando os problemas concretos e imediatos com conteúdos novos.

Nos aspectos em que os alunos foram bem sucedidos, é preciso manter e até intensificar as nossas práticas. Em relação aos alunos que não apresentaram um bom desempenho, é necessário encontrar estratégias para reverter essa situação. Nesse sentido, utilizaremos os resultados obtidos para modificar esse quadro com ações de intervenções pedagógicas específicas. O primeiro passo será retornar com as provas corrigidas para a sala de aula e trabalhar essas provas com os alunos para que eles saibam o que erraram, por que e o que precisam aprender. Garantir que haja um esforço concentrado por parte de todos os professores, e não somente os de Língua Portuguesa, é fundamental para que os alunos desenvolvam amplamente as habilidades não adquiridas.

Sabemos que não existem fórmulas mágicas para desaparecer com os problemas da educação, mas a escola é capaz de fazer a diferença na vida de nossos alunos. Por isso, toda e qualquer atitude em direção à transformação da qualidade da educação oferecida será sempre muito importante.


Fotos dos alunos fazendo a Avaliação

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Relatório - Oficina 11 - TP6


No dia 10 de setembro, quinta-feira, nos reunimos no Proinfo da escola para a realização da Oficina 11. O encontro teve início com a leitura do texto “O trabalho da borboleta”, sobre o qual foi feita uma reflexão, onde todos se manifestaram de maneira interativa complementando ideias.


Em seguida, retomamos alguns trechos da unidade 21- Argumentação e linguagem – e comentamos algumas das atividades. Fizemos a leitura do texto Argumentação, da seção Ampliando nossas referências, e desenvolvemos uma discussão sobre a argumentatividade na linguagem e sobre a diversidade de argumentos que podem ser utilizados para demonstrar uma ideia. Ressaltei a importância de se dar consistência ao texto, produzindo sensação de realidade ou impressão de verdade para que a argumentação seja bem-sucedida. Em relação à unidade 22 – Produção textual: planejamento e escrita – foram destacados a importância da releitura e da reescrita na produção de texto, assim como a necessidade de ensinar aos alunos algumas perguntas que eles deveriam fazer-se durante o processo da reescrita (Calkins, 2002, p.33).


Na socialização das experiências, a professora Marisa falou sobre a aplicação do Avançando na prática da página 54, o qual foi feito com os alunos do 9º ano. A atividade foi desenvolvida em grupos, onde cada um deveria coletar informações acerca da ideia escolhida - Saúde e meio ambiente - e escolher o gênero que utilizariam para convencer os interlocutores a respeito da validade e importância da sua tese. Segundo a professora, os alunos foram orientados durante todo o processo da escrita no sentido de observarem a clareza do objetivo e a solidariedade entre os argumentos. Na seqüência, a professora Roseli relatou sua experiência com o 6º ano na aplicação de uma atividade do AAA6 (p.20), na qual os alunos deveriam identificar as críticas e os argumentos utilizados no texto. A atividade foi feita em duplas, que foram orientadas a analisar a estrutura do texto, características das personagens, seqüência da história, relações de coerência entre os quadros apresentados, sinais visuais que retratassem a situação de comunicação, etc. Os alunos também foram levados a perceber que a linguagem é utilizada não apenas para descrever, espelhar coisas da realidade que nos cerca, mas para atuar sobre essa realidade. Foram momentos enriquecedores, nos quais fizemos muitas reflexões acerca do ensino e da aprendizagem da língua. Ressaltei que, os erros e acertos fazem parte do nosso dia-a-dia em sala de aula, que devemos propiciar situações de planejamento variadas que sirvam como andaimes para a construção do conhecimento sobre o assunto a ser explorado no texto e as formas de organização do próprio texto.


Na proposta de atividade da oficina, os professores desenvolveram o fechamento do texto Espírito Carnavalesco e apresentaram os procedimentos utilizados durante a escrita do mesmo. No planejamento para utilização do texto em sala de aula, foram usadas as estratégias apresentadas na unidade 22, especialmente as sugeridas na seção Indo à sala de aula (p.96 e 97).


Na parte final da oficina, fiz uma breve antecipação dos temas das próximas unidades e pedi aos professores que se preparassem para a aplicação da Avaliação Diagnóstica de entrada do Gestar, que aconteceria no dia 18 de setembro. Em seguida, fizemos uma pequena alteração no cronograma, invertendo as datas de duas oficinas: a Oficina 12 foi adiada para o dia 01 de outubro e a 2ª Oficina Livre, onde será feita a análise dos resultados da Avaliação Diagnóstica, foi antecipada para o dia 24 de setembro. As demais datas seguem conforme cronograma.